O que separa você de ser top 10% do mundo naquilo que faz?
James Clear, autor do livro Hábitos Atômicos, escreveu no seu twitter tempos atrás:
“Eu tenho a suspeita que a maioria dos adultos (75%) poderia escolher uma habilidade - excluindo esportes - e estar entre os top 10% melhores do mundo naquilo, simplesmente trabalhando exclusivamente nisso todos os dias, durante dois anos.”
“Mas quase ninguém tem este nível de foco, por isso nunca iremos saber".
Ele sugere que a maioria das pessoas não tem o foco e a consistência necessária para atingir um alto nível de maestria em uma habilidade.
A diferença entre as pessoas que estão nos 10% melhores daquela habilidade para o resto é um simples elemento.
A prática.
A prática diária independente de qualquer coisa.
Independente das circunstâncias externas ou do seu humor.
Essas pessoas seguem sua rotina mesmo quando a motivação resolve não aparecer.
Porque as emoções que sentem não determinam as ações que fazem.
Essas pessoas condicionam a mente para a prática.
Isso aumenta a probabilidade da tarefa ser feita mesmo naqueles dias em que não está afim.
Esta forma de condicionar a mente pode ser chamada de:
“Getting in the zone”
É sobre criar a condição física e mental ideal para realizar a tarefa.
Se um escritor fica esperando o momento em que vai ficar inspirado para escrever, provavelmente nunca vai escrever.
A inspiração não vem do absoluto nada. Você pode ir atrás dela.
Se deixarmos na mão do acaso, vai ter dias que o acaso também não vai estar nas suas melhores condições.
E não vai querer nos ajudar.
Será que foi por acaso que Michael Phelps esteve no seu melhor estado justamente no dia e na hora das provas olímpicas?
Durante a Olimpíada de 2008, muito se falou sobre os rituais de Michael Phelps antes de entrar na piscina.
Sentar-se longe dos outros nadadores, vestindo o capuz do seu roupão, ouvindo as mesmas músicas nos fones de ouvido e repetindo os mesmos movimentos de alongamento prova após prova.
Se você joga tênis, sei que provavelmente deve ter pensado em Rafael Nadal.
Ou melhor, nas suas intermináveis "manias” durante os momentos que antecedem os pontos do tênis.
Ele mesmo descreve como a maneira de se colocar dentro da partida.
“Ordenar meu ambiente para corresponder a ordem que estou procurando em minha cabeça”, disse ele.
Sem nunca ter refletido sobre o poder desses rituais, percebi que quando os faço, me coloco num estado muito mais propenso a fazer a atividade.
Tomar banho, me vestir e preparar um café é uma sequencia de ações que programa minha mente para me concentrar e escrever.
Tenho associado cada vez mais as roupas que eu visto e o café que eu tomo com essa concentração que estou buscando.
O ato de vestir uma camiseta sem estampa e com um toque sutilmente gelado no corpo, contribui para o estado de foco que quero atingir.
Seja a roupa que você veste, uma música que escuta, tomar um café, uma água, acender uma vela, ou dar uma caminhada…
Todas essas são ações que podem ajudar a te colocar em movimento.
E quando você estiver em movimento, as coisas se tornarão automáticas.
Uma vez que você entrou em movimento, o mais difícil se torna parar.
Pela primeira lei de Newton:
"Objetos em movimento tendem a permanecer em movimento."
A motivação vai aparecer depois de você começar o seu trabalho.
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Qual é o ritual que você pode criar para te colocar em movimento?
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